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Rússia diz que não vai dar provas de suposto ataque da Ucrânia a Putin

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse, esta terça-feira (30), que a Rússia não vai fornecer provas de que Ucrânia tentou atacar a residência presidencial na região de Novgorod – mesmo estando em causa as negociações do acordo de paz, agora ameaçadas de endurecimento por parte da cúpula governamental russa.

Peskov disse que todos os drones tinham sido abatidos e que, por norma, são os militares que estão encarregados desta investigação.

“Não creio que deva haver qualquer prova de que um ataque massivo de drones tenha sido realizado e que, graças ao trabalho bem coordenado do sistema de defesa aérea, tenha sido abatido”, referiu Peskov aos jornalistas, durante uma coletiva citada pela emissora France 24.

As declarações surgem depois de Kyiv ter hoje voltado a insistir que não havia provas deste suposto ataque.

Nesta segunda-feira, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, tinha negado que este ataque tinha sido realizado pela Ucrânia. Zelensky classificou o anúncio deste ataque como uma “típica mentira” vinda de Moscou e foram pedidas provas.

O ataque foi anunciado na tarde de segunda-feira pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov, que disse desde logo que as negociações para a paz iriam ser “revistas”.

Hoje, Kyiv voltou a insistir em que Moscou desse provas deste ataque, que, segundo Lavrov, foi realizado com a ajuda de 91 drones. “Já passou quase um dia e Rússia ainda não apresentou nenhuma prova plausível para suas acusações do suposto ‘ataque da Ucrânia à residência de Putin’. E não apresentará. Porque não há nenhuma. Tal ataque não aconteceu”, escreveu o Ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andriy Sybiga, em uma publicação na rede social X (antigo Twitter).

Na mesma publicação, o responsável pela pasta escreve, entre outras considerações, que a “tática da Rússia” se baseia em acusações falsas e apela a que os países “não respondam a queixas não comprovadas”, dado que a situação “prejudica o processo de paz construtivo que tem avançado ultimamente.”

O suposto ataque teria acontecido na noite de domingo para segunda-feira, sendo desconhecido se Putin se encontrava no local no momento do ataque (Peskov recusou responder a essa pergunta na segunda-feira). Já quando anunciou este suposto ataque, Lavrov disse que haveria “resposta às ações imprudentes” e que a posição de Moscou as negociações de paz “seriam revistas”. Mais tarde, Putin disse que este ataque iria dificultar as negociações.

Vale lembrar que Zelensky esteve reunido com Trump no domingo, em uma reunião na Florida. Em cima da mesa esteve a discussão sobre o plano de paz para a Ucrânia. Em coletiva de imprensa Trump acabou dizendo que se estava chegando “muito perto” de um plano a ser aceito por todos os lados envolvidos e Zelensky referiu que “as garantias de segurança são um ponto fundamental para alcançar uma paz duradoura”.

Rússia acusa Ucrânia de atacar residência de Putin; Kiev nega

Chanceler disse que não houve danos ao complexo de férias, perto de São Petersburgo, um dos favoritos do presidente; segundo Lavrov, a Rússia irá retaliar e mudar sua posição na negociação mediada pelos EUA; Zelenski prevê ataque ao governo

Folhapress | 18:30 – 29/12/2025



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